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CARTA DE ENCERRAMENTO/COMPROMISSO DO IV ENCONTRO

BAIANO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO (EBEC)
Educação do Campo, Agroecologia e Territórios em Disputa:

Fortalecendo Novas Primaveras
Salvador, 21 de setembro de 2024

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Sol de Primavera – Beto Guedes
 

Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim, não custa inventar
Uma nova canção que venha nos trazer

Sol de primavera
Abre as janelas do meu peito
A lição sabemos de cor
Só nos resta aprender
Já choramos muito
Muitos se perderam no caminho
Mesmo assim, não custa inventar
Uma nova canção que venha trazer
Sol de primavera

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O Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Paulo Freire (CAECDT), da Universidade do Estado da Bahia(UNEB) nasce do protagonismo de pesquisadores/as, movimentos sociais e sindicais do campo e, se constitui em um espaço político, de luta, resistência, contra hegemônico e referência para a produção de conhecimentos, portanto, defensor da ciência como ferramenta importante para a promoção da vida humana e da Casa comum.


O CAECDT é um lugar institucional de natureza político-educativo que se articula em consonância com o movimento da produção da vida dos Sujeitos do Campo, com objetivo de coordenar, integrar, sistematizar, orientar e promover ações de Ensino, Pesquisa e Extensão e inovação, numa perspectiva ISSN – 2525 - 4847 interdisciplinar. Pretende também, assegurar o suporte necessário à elaboração e desenvolvimento de ações que atendam dimensões crítico-políticas para a Formação de Educadores/as, Formação Profissional e Tecnológica em nível de Graduação e Pós-Graduação, com vistas ao desenvolvimento territorial sustentável e solidário. Ademais, busca-se articular o trabalho de docentes/pesquisadores e extensionistas na área da Educação do Campo e da Agroecologia, para o avanço de um trabalho científico e formativo numa
perspectiva crítica e emancipadora.

 

Ancorado nessa intencionalidade social, formativa e política o CAECDT, em diálogo e trabalho coletivo com o Grupo de Pesquisa Educação do Campo, Trabalho, Contra-hegemonia e Emancipação Humana (GEPEC) realizam o IV ENCONTRO BAIANO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO (EBEC): Educação do Campo, Agroecologia e Territórios em Disputa: Fortalecendo Novas Primaveras, com a finalidade de reunir os sujeitos sociais envolvidos com a discussão da Educação do Campo e da Agroecologia, para o aprofundamento da conjuntura atual, socialização das produções acadêmico-científicas, relatos de experiências em espaços escolares e não-escolares. Nessa IV edição do Encontro Baiano de Educação do Campo 

 

REFUTAMOS: 

✓ A BNCC fundamentada na teoria das competências, modelo neoliberal que hegemoniza o conhecimento para atender a classe social capitalista, fragilizando os currículos das escolas públicas (da cidade e do campo), desvalorizando o conhecimento científico, artístico, filosófico para a formação das crianças e jovens;

✓ A Resolução CNE/CP n. 4 de 29 de maio de 2024, a qual define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica, pois ainda não atende às demandas do debate nacional acerca da formação de professores, no âmbito de Associações e Fóruns de Educação;

✓ O modelo de desenvolvimento econômico capitalista e do agronegócio que promove a exclusão pela intensa produtividade;

✓ Fechamento das escolas no/do campo;

✓ Toda forma de preconceito discriminação contra a MULHER, POVOS ORIGINARIOS, DO CAMPO DAS ÁGUAS E DAS FOLRESTAS;
✓ A queima das florestas e das espécies animais;

✓ A disseminação do ódio;

✓ A negação da ciência;

✓ A criminalização dos movimentos sociais

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DEFENDEMOS:

✓ A reforma agrária popular de base agroecológica e o fortalecimento da agricultura familiar;
✓ Os territórios dos povos indígenas, tradicionais e de terreiro;
✓ Aprovação/reconhecimento da profissão do Agroecólogo/a;
✓ Educação no/do Campo, contra hegemônica, política e de resistência;
✓ A construção histórica da Educação do Campo no enfrentamento ao capital;
✓ Currículo das escolas do campo que atenda as especificidades dos diferentes sujeitos do campo;
✓ Qualidade e permanência da Educação do Campo, Quilombola e Indígena;
✓ Educação do Campo que problematiza a vida dos camponeses e camponesas;
✓ A participação e protagonismos dos movimentos sociais na construção da universidade pública;
✓ Garantia de direitos dos povos do campo, das Águas e das Florestas;
✓ A Educação do Campo como ferramenta fundamental na construção das políticas públicas de desenvolvimento do campo;
✓ Fortalecimento das lutas em prol da Educação do Campo e da Agroecologia;
✓ Ampliação de cursos de formação para Educadoras e Educadores que atuam em escolas do campo;
✓ A Universidade como produtora de ciência e reconhecimento dos sabres diversos;

✓ O fortalecimento da Educação Pública e da Escola Pública do Campo com gestão e financiamento público;
✓ O fortalecimento das políticas de Formação inicial e continuada de Educadoras/es a partir dos princípios da Educação do Campo;
✓ A articulação entre formação inicial e continuada de Educadoras (es), no âmbito da Universidade;

✓ O reconhecimento, o respeito e a valorização da diversidade socio-territorial, étnico-racial e de gênero;

✓ A Agroecologia como projeto para agricultura familiar;
Defendemos, por fim, a Educação do Campo e Agroecologia como condição estruturante da produção e reprodução da vida em sua sociobiodiversidade, à justiça socioambiental e cognitiva para superação da lógica de mercantilização do conhecimento e das desigualdades sociais, regionais, geracionais, raciais, que é propagada pelo projeto hegemônico do capital.

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